quinta-feira, 16 de abril de 2015

Restaurantes atualizam opções de café à medida que o gosto do consumidor fica mais apurado

De acordo com um estudo conduzido no último ano pela Datassential para o fornecedor de café S&D Coffee & Tea, atuais consumidores de café com idade entre 18 e 24 anos iniciaram o hábito do consumo da bebida com uma idade média de 14,7 anos, seguidos de grupos com idade entre 25 e 35, nos quais o consumo iniciou-se aos 17,1 anos e de 35 aos 44 anos, no qual o hábito começou na idade média de 19,1 anos.

Uma tendência em ascensão é o café gelado, cuja presença em restaurantes cresceu 32% entre os anos de 2005 e 2014. Entre 2013 e 2014, notou-se um crescimento de 38% da bebida em restaurantes sofisticados e 19% em “fast casual” (restaurantes onde não há serviço de mesa). Porém, apresentou uma queda de 3% em franquias “casual dining” (restaurantes com preço moderado em uma atmosfera casual, com serviço de garçons).

Ainda de acordo com a Datassential, o café gelado é uma alternativa para aqueles que querem consumir bebida à base de café, não necessariamente consumindo a bebida em seu formato mais tradicional. Este fato é notado especialmente entre os jovens: 36% das pessoas entre 18 e 24 anos afirmam ter escolhido cafés gelados ao iniciar o hábito de consumo da bebida, comparado com 22% das pessoas entre 25 e 34 anos e 11% do grupo entre 35 e 44 anos de idade.

Porém, o gosto dos jovens consumidores vem alcançando a maturidade mais rapidamente, segundo o estudo da S&D, que justifica essa conclusão pela mudança de preferências de bebidas mais doces por sabores mais intensos de café. Membros desse grupo estabelecem um tipo de café preferido em 3,1 anos após o início do seu consumo, comparado com 4,7 anos pelos membros do grupo de 25 a 34 anos e 7,6 anos pelos membros do grupo de 35 a 44 anos. As razões mais populares para a mudança foram a preferência por um café com sabor mais intenso, o consumo mais frequente em casa (onde o café coado ainda é mais comum) e a mudança por bebidas menos doces.

Cafés aromatizados também estão em declínio, de acordo com Dan Cox, presidente e dono da Coffee Analysts, um laboratório de teste sediado em Burlington, Vermont, Estados Unidos. Aproximadamente 42% das pessoas consumiam cafés aromatizados há 5 anos atrás, ele afirma, hoje, esse número é de 33%. 


Fonte: Nation's Restaurant News
 

Traduzido e adaptado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

domingo, 12 de abril de 2015

Empresa suíça esquenta guerra de cápsulas

Jean-Paul Gaillard, o chefe da empresa suíça de cápsulas de café Ethical Coffee Company (ECC), disse recentemente que espera que as vendas de suas cápsulas de café excedam as da Nespresso, de propriedade do grupo Nestlé, dentro de três anos, de acordo com o jornal Tribune de Genève.

Ao contrário das cápsulas da Nespresso, as cápsulas da ECC são biodegradáveis. Segundo o site da empresa, suas cápsulas são feitas a partir de fibras vegetais, podendo ser jogadas no lixo orgânico, pois irão se degradar em torno de seis meses. Isso poderia dar a ECC uma vantagem de marketing sobre a Nespresso.

O negócio de Jean-Paul Gaillard tem base em Fribourg, Suíça, a apenas 30 minutos do seu antigo empregador e agora rival Nestlé em Vevey. Gaillard trabalhou como CEO da Nespresso por cerca de 10 anos desde 1988 e foi responsável projetar e implantar o conceito do Clube Nespresso, que fez da marca um grande sucesso.

Depois de deixar a Nestlé e trabalhar como chefe da Movenpick Foods por alguns anos, ele voltou sua atenção para iniciar um negócio de cápsulas concorrentes. Anos de altos e baixos seguido pelos advogados da Nestlé que trabalharam duro para impedir o seu progresso. Só agora ele parece estar ganhando a batalha. As patentes da Nestlé estão expirando, em fevereiro de 2015 a patente alemã já terminou.


Poderá, contudo, ser uma batalha maior iminente no futuro, com novos concorrentes que surgem cada vez mais. Boa notícia para a ECC é também uma boa notícia para os outros.

Fonte: Le News. Traduzido e adaptado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mulheres preferem lattes, homens preferem espresso

Amantes de café se diferenciam por seus gostos até diante seu gênero. Mulheres geralmente preferem lattes, enquanto homens preferem o café puro, especialmente o espresso. Seja qual o gênero do consumidor, em média, ambos degustam duas xícaras de café diariamente e eles não se importam em pagar a mais pela bebida em uma cafeteria. 

Esses resultados foram apresentados pela Zagat’s, que lançou recentemente sua terceira pesquisa anual de café, entrevistando 1.468 pessoas nos Estados Unidos. A pesquisa também mostrou que o consumo do café cresce proporcionalmente com o aumento da idade. Em média, jovens entre 20 e 30 anos consomem 1,8 xícara de café ao dia, enquanto pessoas de 30 a 40 anos consomem 2 xícaras de café diariamente, seguido de grupos entre 40 e 50 anos, 50 e 60 anos e 60 e 70 anos, com consumo diário respectivo de 2,2; 2,2 e 2,4 xícaras.

Outro dado apresentado pela pesquisa é o lugar de consumo da bebida, onde 48% dos pesquisados dizem comprar seu café em cafeterias e 42% afirmam faze-lo em casa ou no trabalho. 52% não adicionam açúcar ou adoçante.

O levantamento ainda mostrou o crescimento do interesse pelo “Flat White”, bebida descrita por Hugh Jackman (ator e proprietário da cafeteria Laughing Man Coffe & Tea, em Nova York) como um latte, com menos leite e mais espresso.

A respeito do diferencial de apresentar uma arte com a espuma da bebida, técnica chamada de latte art, cerca de 45% entrevistados afirmam que “amam” esse sutil detalhe, aumento 7% em comparação ao último ano.

Fonte: Boston Globe


Traduzido e adaptado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

terça-feira, 31 de março de 2015

Estudos revelam, beber café diminui risco de câncer no fígado

Amanda McLean, diretora do World Cancer Research Fund International, no Reino Unido, disse: “cerca de três ou mais drinques de bebida alcóolica por dia pode ser o suficiente para causa câncer no fígado. Até agora nós não tivemos certeza sobre a quantidade de álcool que poderá causar o câncer no fígado. No entanto, este estudo fornece fortes evidências sobre isso”.

Os resultados foram publicados no Continuous Update Project (CUP) 2015 na parte sobre “dieta, nutrição, atividade física e câncer de fígado”. Eles são baseados em uma investigação de 34 estudos que incluiu 8,2 milhões de pessoas – mais de 24.500 deles tinham câncer no fígado.

A American Cancer Society avalia que a cada ano nos EUA, existem cerca de 35.660 novos casos diagnosticados e 24.550 morrem de câncer no fígado ou no ducto intra-hepático.

As evidências surgiram a partir da mesma pesquisa que descobriu que o consumo de café pode reduzir o risco de câncer no fígado. Esta revelação acompanha a pesquisa da World Cancer Research Fund publicada em 2013 mostrando que o café reduz o risco de câncer no útero.

“As novas descobertas sobre o álcool, obesidade e café são particularmente interessantes. Há também novas sugestões relativas aos exercícios e sobre consumo de peixe” disse o Dra. Kate Allen, diretora executiva de Ciências e Assuntos Públicos da World Cancer Research Fund International.

“As evidências sobre a relação entre a dieta, nutrição, atividade física e câncer estão começando a ser enraizados.  Desejamos que essas novas descobertas possam trazer informações e debates sobre as possíveis aplicações da saúde pública e as respostas políticas”, acrescentou ela.

O risco de câncer no fígado é reduzido com uma xícara de café todos os dias.

Métodos que sustentam o efeito protetor do café no câncer de fígado estão relacionados com estudos em animais, embora alguns estudos em humanos contribuam para as provas.

Ambos café e extratos de café são igualmente indicados para diminuir a expressão de genes envolvidos na inflamação, e os efeitos parecem ser mais acentuados no fígado.

Há provas a partir de estudos com pequenas intervenções que o consumo de café reduz o dano ao DNA nas células do sangue e que previne danos ao DNA induzidos em voluntários saudáveis.

Em particular, o estudo determinou que o risco de desenvolver câncer de fígado pode ser reduzido em cerca de 14% se as pessoas consomem uma xícara de café todos os dias.

“A evidência para o café era de modo geral consistente, e a dose-resposta meta-análise mostrou uma redução significativa do risco de câncer de fígado com um copo por dia”.

Essa evidência é consistente com os resultados de três meta-análises publicadas. Quando estratificada por sexo, a associação foi significativa para os homens, mas não para as mulheres.

Não há confirmação a respeito de componentes específicos do café que eram atribuíveis ao risco reduzido.

Há ambiguidade sobre algumas variáveis que podem afetar a ligação entre o consumo de café e a redução do risco de câncer de fígado, como a cafeína, açúcar e leite. Devido ao efeito do café em outras condições médicas, recomendações para o consumo de café ainda não podem ser feitas.
CUP concluiu que um “maior consumo de café provavelmente protege contra o câncer de fígado”.

Sólidas pesquisas adicionais surgiram a partir da CUP mostrando que o excesso de peso ou obesidade está associada a um maior risco da doença.

A CUP examinou a pesquisa sobre a prevenção do câncer e tirou conclusões sobre como os fatores de estilo de vida, como peso, dieta e atividade física pode reduzir o risco de desenvolver a doença.

Em um novo estudo, cientistas descobriram que beber de 3 a 4 xícaras de café por dia pode diminuir o risco de câncer endometrial por quase um quinto, noticiou Medical News Today.

Fonte: Geek Infinite. Traduzido e adaptado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

segunda-feira, 30 de março de 2015

Vendas em cafeterias no Canadá caem 3%, mas os canadenses continuam a ama-las.

De acordo com uma pesquisa do NPD Group, os canadenses estão consumindo menos nas cafeterias. Houve uma queda de 3% nas vendas no último ano, porém o número de visitas permaneceu praticamente o mesmo. 

Isso força companhias como Starbucks, Tim Hortons e restaurantes expandindo para essa área, como o McDonald’s, a rever suas estratégias, afirma Robert Carter, vice-presidente do NPD Group.

Carter ainda disse à CBC News que o mercado canadense é desafiador e tem permanecido relativamente estável. “Para aumentarem suas vendas, franquias de cafeterias precisam olhar além de suas principais atividades, enxergar o que eles podem expandir para atrair mais consumidores para dentro de suas lojas e oferecer uma razão para os clientes visita-las mais de uma vez ao dia, já que o consumidor busca às vezes, mais do que apenas um copo de café”.

Exemplos disso são a Starbucks, que para aumentar o fluxo de clientes durante o dia, passou a oferecer bebidas alcoólicas em algumas de suas cafeterias, e a Tim Hortons, que possui planos em andamento para uma completa renovação em seu menu.

Consumo

Canadense consomem 2,1 bilhões de xícaras de café por ano, estando apenas atrás da Itália quanto ao consumo da bebida em restaurantes. Contudo, suas preferências pelo café vêm apresentando mudanças. Ao longo dos últimos 4 anos, o consumo de café coado caiu 2%, enquanto as vendas de cafés especiais e cafés gelados apresentaram aumento de 4% e 8%, respectivamente, segundo pesquisa da NPD.

Os Millenials (jovens nascidos entre os anos 80 e 2000), tendem a iniciar o consumo da bebida a uma idade média de 16 anos (mais novos que seus pais) e preferem bebidas mais adocicadas. Isso faz com que a demanda de cafés especiais aumente devido a suas escolhas.

Máquina de café em cápsulas e cafeterias independentes

Uma das tendências que ocasiona a diminuição de vendas nos restaurantes é a popularidade das máquinas de café em cápsulas, segundo Carter, que dá continuidade ao assunto dizendo que isso é algo com o que as franquias de café devem se preocupar, já que o seu consumo aumentou drasticamente nos últimos 5 anos.

O vice-presidente do NPD Group comentou também sobre as cafeterias independentes, que vem desaparecendo rapidamente do cenário. Ele diz que há oportunidade para elas no mercado, mas elas devem ter um diferencial muito forte para competir com suas concorrentes e estar atentas quanto ao lançamento de novas bebidas.


Fonte: CBC


Traduzido e adaptado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

quinta-feira, 26 de março de 2015

H.J Heinz compra Kraft em acordo para criar gigante no setor de alimentos.
O negócio foi projetado pela empresa brasileira de investimento, proprietária da Heinz e pelo investidor bilionário da Berkshire Hathaway, Warren Buffett.

H.J Heinz Co, está comprando a Kraft Foods Group Inc, criando o que as companhias dizem que será a terceira maior empresa de alimentos e bebidas na América do Norte.

O negócio foi projetado pela dona da Heinz, a empresa brasileira de investimento 3G Capital e pelo investidor bilionário, Warren Buffet, proprietário da companhia Berkshire Hathaway.

Os acionistas da Kraft receberão ações da nova companhia e um dividendo de aproximadamente US$ 10 bilhões, ou US$ 16,5 por ação.

Os acionistas atuais da Heinz irão deter 51% da empresa e os acionistas da Kraft possuirão uma participação de 49%.

A nova companhia incluirá marcas como a Kraft, Heinz, Oscar Mayer, entre outros.

Os conselhos das duas companhias aprovaram por unanimidade o acordo, que é tem previsão para ser fechado na segunda metade do ano. Ele ainda precisa da aprovação das agências reguladoras federais e dos acionistas da Kraft.

Fonte: Portland Press Herald. Traduzido e editado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

Sobre a Kraft:

A Kraft Foods é uma empresa americana, criada em 1903. É a maior companhia de alimentos dos EUA e a segunda maior do mundo. Em agosto de 2011 a Kraft anunciou planos de se dividir em duas empresas, a Mondelez International, no ramo de alimentos de confeitaria e a Kraft, que continuou com os outros segmentos.

A empresa possui a marca Maxwell House, que é a vice-líder na participação no mercado de café americano e também uma das marcas mais importantes para o grupo Kraft, faturando atualmente mais de US$ 1 bilhão com a venda de seus cafés.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Jovens norte-americanos trocando o café pelo chá

Depois da União Europeia, os Estados Unidos é o maior consumidor de café do mundo. Apesar dos americanos consumirem em média 87 litros de café por ano, a tradicional dominância da bebida está sendo ameaçada pelo aumento de consumo de chá no país. Desde o ano 2000, o consumo do chá apresentou um aumento de 20% e, atualmente, esta é a bebida mais escolhida entre os millenials, indivíduos nascidos entre os anos 80 e 2000.

A explicação mais provável para esse fenômeno está nos benefícios do chá para a saúde humana, que atraem pessoas que buscam produtos mais saudáveis para o seu dia a dia. Essa nova tendência apresenta (aumento gradual do consumo de chá) pode ocasionar uma diminuição do consumo de café ao longo dos anos.

Em uma pesquisa em que estudava a preferência da população pelas duas bebidas, houve uma igualdade entre pessoas com até 30 anos de idade, com ambas as bebidas apresentando 42% da preferência dos entrevistados. Entretanto, quanto mais velho demonstrava-se o grupo abordado, maior apresentava-se a preferência pelo café. Dentro do grupo de indivíduos com idade entre 30 e 44 anos, 50% demonstraram predileção pelo mesmo. O café também se mostrou a bebida preferida dos indivíduos acima de 45 anos, conforme demonstrado no gráfico a seguir.



Fonte: Jewish Business News

Link Original: http://jewishbusinessnews.com/2015/03/04/younger-americans-ditching-coffee-for-tea/

Traduzido e editado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

Estudantes do Kirkwood Community College visitam o setor de cafeicultura da UFLA



Um grupo de 13 estudantes norte-americanos fez uma visita técnica à Agência de Inovação do Café (InovaCafé) na quarta-feira (17/3), para conhecer todas as etapas de produção do café. O professor Rubens José Guimarães fez uma apresentação que envolveu informações do plantio até a colheita do café. A professora Rosemary Gualberto, além de ensinar a preparar o cafezinho perfeito, demonstrou como é feita a análise sensorial do café segundo critérios da classificação oficial brasileira e internacionais. Ao final, o grupo degustou um café especial do Sul de Minas.

A professora ressaltou a importância da visita. “Os EUA não produzem café, apesar de ser o primeiro consumidor de café do mundo, seguido pelo Brasil. É interessante essa troca de experiências para que possam ver como o café é produzido e como a tecnologia e as inovações em café são levadas a sério”. 

Para a coordenadora do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, e uma das organizadoras da visita à InovaCafé, Elisa Guimarães, o grupo pode conhecer um panorama geral da cafeicultura brasileira, com alguns conceitos de produção, processamento e qualidade de café. “Isto contribui para a UFLA/InovaCafé porque permite a interação e a troca de conhecimentos entre os nossos estudantes e os deles, podendo futuramente resultar em parcerias acadêmicas”, enfatizou.

A visita faz parte de um programa intensivo de intercâmbio promovido pela Kirkwood Community College, com permanência em Lavras durante 12 dias. Para o reitor do departamento de Estudos Agrícolas da Kirkwood Community College, Scott Ermer, as parcerias com instituições brasileiros são feitas ao longo dos anos e eles estão muito felizes de a UFLA estar elas.

Além da vivência de uma outra cultura, a viagem se destaca para o estudante Collin Wernimont: “A visita é uma grande experiência de aprendizado. É importante conhecer os dois lados do universo da agricultura. Acho que a agricultura é uma linguagem universal e a diferença entre o Brasil e os EUA é importante porque nós somos dois dos maiores exportadores de recursos agrícolas do mundo.”

Reportagem de Marina Alvarenga Botelho - Jornalista da Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

Link Original: http://www.redepeabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=55726&pag=1



Programa de reciclagem de K-Cups da Keurig que transforma cápsulas de café em cimento tende a se expandir

A unidade da Lafarge em Kamloops e a Van Houtte, subsidiária canadense da Keurig, se uniram para transformar 1,4 milhões de cápsulas de café em cimento no ano passado. 

O programa da Lafarge que recicla as K-Cups tem sido tão bem sucedido que pode se xpandir para Alberta.

A fábrica de cimento Lafarge em Kamloops, cidade do Canadá, província da Colúmbia Britânica, transformou cerca de 1,4 milhões de K-Cups em cimento no ano passado, por meio de uma parceria com a Van Houtte Coffee Services, que recolhe as cápsulas usadas para a reciclagem.

“Eu acho que temos tido bastante sucesso aqui”, disse Eric Isenor, gerente da unidade.

“Van Houtte está feliz com o programa até agora e pretende expandir”, disse Isenor, acrescentando que a empresa pode começar a recolher as cápsulas usadas também na unidade de Alberta para a reciclagem na Colúmbia Britânica.

As cápsulas de doses únicas de café não são recicláveis, porque são uma mistura de materiais – pó de café, plástico, filtro de papel, e a tampa de alumínio – que não podem ser separados de forma eficiente.

Após a coleta das cápsulas de café usadas, Van Houtte, um serviço de café que fornece suprimentos para escritórios e varejistas em toda Kamloops, as leva em grandes caixas para serem processadas na unidade da Lafarge.

As cápsulas são secas, trituradas e aquecidas a 2000 graus, para formar cinzas e então serem incorporadas ao cimento. Este, por sua vez constitui a base para casas e edifícios na Colúmbia Britânica e em Alberta.

Fonte: CBC News, 18/03/2015. Traduzido e editado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

Link original:

quinta-feira, 19 de março de 2015

Mais crianças estão bebendo café em todo o mundo e estudo afirma que isso não é ruim, afinal

 “Beanies Babies” é o novo termo usado para denominar crianças cujo hábito de consumir café se iniciou antes dos cinco anos de idade. Essas crianças costumam vir de famílias para as quais o consumo da bebida é uma prática cultural, e pertencem especialmente a culturas latino americanas, conhecidas por servir a bebida com leite desde cedo como acompanhamento no café da manhã.

Isto também é comum em nosso país, onde uma pesquisa identificou que crianças que consomem café com leite durante a manhã têm menor probabilidade de desenvolver depressão. Na Etiópia, Cuba e Croácia, tal hábito também foi observado.

Dr. Tomas DePaulis, pesquisador da Universidade de Vanderbilt, defende que, em moderação, o café não é prejudicial às crianças e, assim como em adultos, pode ajudar a melhorar a concentração e melhorar seu desempenho escolar. De fato, desconhece-se estudos que mostrem que o café em quantidade moderada, seja prejudicial às crianças.

Pablo Dubois, membro da Organização Internacional do Café, afirmou que algo importante que o café proporciona é a redução efetiva dos centros de dependência do cérebro. Assim, com o hábito de tomar café desde cedo, as crianças poderão ser menos suscetíveis ao consumo de álcool e outras drogas no futuro.

Segundo um estudo recente realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Boston, o número de crianças que consomem café teve elevação de 15% nos últimos 2 anos, chegando a 2,5% do total de crianças. O consumo diário é estimado em 32mL, de acordo com a Dra. Anne Merewood, professora adjunta da pediatria da universidade.

A pesquisa ainda destacou que meninas consomem mais café que meninos e, apesar de não haver diretrizes oficiais para consumo de café por crianças, alguns profissionais da saúde dizem que isso pode levar a criança ao risco de dependência, obesidade, diabetes, depressão e insônia.

Apesar disso, Marewood diz que são necessárias mais pesquisas para medir o impacto de café na saúde das crianças para determinar as potenciais implicações a curto e a longo prazo, em populações latinas e de outras origens.

O consumo de café na infância pode não ser algo ruim, afinal, mas todo hábito deve ser moderado. A preocupação dos pais quanto a ingestão de cafeína por seus filhos deve se estender também a outros produtos, como achocolatados e refrigerantes.

Fonte: Malaysian Digest


Traduzido e editado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café

Mondelez planeja aumentar a produção de café da África em 50%

A empresa Mondelez International, dona de marcas de café como Gevalia e Tassimo, planeja impulsionar a produção de café do continente africano em 50% até 2017. A iniciativa faz parte de um programa global que investirá US$ 200 milhões na cafeicultura.

O projeto, chamado Coffee Made Happy, começou em fevereiro na África com o apoio a 24 mil pequenos cafeicultores da Etiópia. A iniciativa da Mondelez oferece treinamento agronômico e financeiro para jovens produtores e mulheres. O projeto pretende atender 1 milhão de produtores nos próximos 5 anos.

“O que queremos é ir além da certificação e do pagamento de prêmios pela produção certificada”, disse o presidente do setor de café da subsidiária Europeia da Mondelez, Roland Weening, em fevereiro. “Queremos assegurar que o cultivo de café seja uma atividade rentável e que os cafeicultores e as comunidades cafeeiras se desenvolvam”.

Além da África, a Mondelez iniciou iniciativas semelhantes em outros países em 2012. Atualmente, os países que recebem apoio da companhia são Vietnã, Peru, Indonésia e Honduras. Com a inclusão dos cafeicultores etíopes, o número de produtores apoiados pela empresa chega a 300 mil, segundo Weening.

“O programa será estendido a outras nações africanas que ainda não foram definidas”, segundo ele. “Há muito café de qualidade na África e percebemos que os níveis de produtividade no continente são relativamente baixos, então há uma grande oportunidade para melhorar os negócios”, disse o executivo.

Fonte: Bloomberg, traduzido e editado pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

quarta-feira, 18 de março de 2015

A comerciante online de vinhos, Wine.com.br, adquire companhias de cápsulas de café do empresário suíço Eric Favre

Wine.com.br, a maior loja online de vinhos e cervejas na América Latina e a terceira maior empresa de seu segmento no mundo, anunciou hoje duas grandes aquisições internacionais nas áreas de fabricação e comercialização de sistemas de café em cápsula de alta tecnologia.

A companhia brasileira, cujo principal acionista é e.Bricks Digital, adquiriu a Monodor Patents SA, uma empresa especializada em patentes, pesquisa e desenvolvimento de sistemas de café em cápsula, e a Mocoffee, um dos principais fornecedores mundiais de produtos de café em cápsula, bem como de outras bebidas quentes, para consumidores e para o mercado ‘’business to business’

Ao tornar-se uma marca do grupo Wine.com.br, a Mocoffee vai começar a operar no mercado mundial de single cups. Os produtos da companhia, que concorre com líderes de mercado na Suíça, França e Austrália, serão lançados e comercializados no Brasil. A Mocoffee já está presente em 17 países por meio de uma série de acordos com os seus parceiros já existentes e pretende aumentar sua presença internacional ao longo dos próximos anos.

"O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Estou convencido que, através deste empreendimento, podemos contribuir para a promoção de produtos que são a própria essência de nosso país. O mais importante, estamos enviando a mensagem de que Mocoffee é uma marca que é uma mistura ideal de talento brasileiro com precisão e tecnologia suíça ", disse Rogerio Salume, CEO da Wine.com.br.

A aquisição visa permitir que as empresas adquiridas cresçam em seu segmento de mercado, oferecendo novas experiências no consumo de café em cápsula, e ao mesmo tempo, aumentando as sinergias operacionais e aproveitando os conhecimentos da plataforma digital que a Wine.com.br vem desenvolvendo pelas vendas online de seus vinhos e cervejas.

"A parceria aumenta ainda mais a abordagem centrada no cliente da Wine.com.br e sustenta a nossa crença de que a era digital está transformando as indústrias de consumo, trazendo valor e eficiência para o setor", disse Fabio Bruggioni, CEO da e.Bricks digital.

Eric Favre deixou a Nespresso™ para ser livre para desenvolver ainda mais seu sistema de cápsulas e fundou a Monodor SA em 1991. Segundo ele, ''desde então ele tem inovado incansavelmente, melhorando o sistema por meio da inversão do design Nespresso tanto para refinar os sabores do café quanto para reduzir o impacto ecológico, especialmente por meio da eliminação de resíduos de alumínio''. Como consequência da aquisição pela Wine.com.br, Eric Favre se demitiu das empresas Monodor e Mocoffee.

Fonte: PR Newswire. Traduzido pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
11 de março de 2015 /PRNewswire/
 Link original:
http://www.prnewswire.com/news-releases/brazilian-online-wine-merchant-winecombr-purchases-coffee-capsule-companies-from-swiss-entrepreneur-eric-favre-300049153.html

sexta-feira, 13 de março de 2015


Café em cápsulas servido sem o aroma da culpa   

Lavazza lança primeira cápsula biodegradável em meio à crescente reação dos consumidores sobre os resíduos

Lavazza, gigante italiana do café, revelou esta semana uma nova cápsula 100% biodegradável feita de cardo.

A cápsula patenteada é a primeira de seu tipo a ser totalmente biodegradável, resultado de cinco anos de pesquisa estratégica ultra secreta que a empresa desenvolveu conjuntamente com a companhia italiana de biopolímero Novamont and Turin’s Polytechnic University.

A inovação orgânica surgiu em resposta a uma reação adversa dos consumidores, é uma solução para os resíduos que surgem a partir das cápsulas usadas, atendendo a demanda por doses únicas de café livre de culpa.

“Nós sempre fomos interessados em inovação – fizemos uma máquina de café expresso para enviar para o espaço, e agora estamos investindo em pesquisa que nos permitam encerrar o ciclo das cápsulas de café”, disse Marco Lavazza, vice-presidente do grupo fabricante de café. “Isso mostra que há uma sinergia na Itália entre os parceiros privados, o governo e a universidade de pesquisa”.

A cápsula compostável será destaque na Expo Milano deste ano, na Itália, juntamente com novas aplicações comerciais para o “fim da vida” dos resíduos de café em produtos como tinta, cosméticos e até mesmo como “super humus” de cogumelos comestíveis. Falando sobre a Expo, em Milão, Gianluca Galetti, ministro do meio ambiente da Itália, saudou a inovação do setor como uma inspiração. “Vamos sair da nossa crise econômica por causa do que somos capazes de inventar e apresentar ao mercado, especialmente no círculo econômico”, disse ele.

As vendas de máquinas de café que servem as doses únicas de café tiveram um aumento de seis vezes desde 2008, tornando-se responsável por ¾ das vendas de máquinas de café em 2014.

Lavazza e Nespresso são líderes de mercado na Europa, com famílias que tomam cerca de três cápsulas por dia e gastam mais de 300 euros por ano com o produto. Nos Estados Unidos, a máquina da Keurig tem impulsionado a venda de mais de 9 bilhões de K-Cups, que não são recicláveis nem biodegradáveis. Com a venda mundial de cápsulas de café estimada em bilhões, o resultado é lixo suficiente para circundar mais de 10 vezes o planeta.

Evitado por tradicionais fabricantes legalistas de café, o grupo a favor das cápsulas defende a variedade e conveniência das single cups – apenas colocar uma cápsula na máquina de café, e uma bebida pré-dosada é servida enquanto a embalagem utilizada desaparece silenciosamente dentro do recipiente que recolhe as cápsulas.

O remorso do bebedor de café vem mais tarde – quando é hora de jogar fora as cápsulas de plástico ou alumínio acumuladas no recipiente.

A nova cápsula patenteada representa uma redução de 70% das emissões de gases do efeito estufa, segundo os fabricantes. A cápsula é feita de um material chamado Mater-Bi 3G, um bioplástico patenteado e produzido a partir de uma planta que possui folhas espinhosas, Cardo selvagem e certificada para a reciclagem orgânica, de acordo com os padrões de embalagem compostável da União Europeia.

A cápsula biodegradável contém 7g de café arábica, com certificado Rainforest Alliance.  Um expresso suave e forte, livre de culpa, e ainda mais importante, com ausência de odor.

Este foi um dos maiores desafios para os pesquisadores – assegurar que a cápsula produzida a base de plantas, não afetasse o sabor e o cheiro. Pois o café e o aroma estão mais interligados do que apenas o cheiro do café fresco.

“Estou feliz que os fios da jaqueta que estou vestindo é 8% de café, que absorverá os odores corporais dessa sala lotada em uma hora”, disse o empreendedor Gunther Pauli em Milão, que brincou com os que se reuniam para a divulgação.

O Senhor Pauli é um empresário de sustentabilidade da Bélgica, que há muito tempo tem pressionado para a reutilização de 99,8% - por volta de 6 milhões de toneladas - de subprodutos do café que são jogados fora.

O pó de café é rico em gorduras, óleos, proteínas e celulose, com uma química única, desde que os grãos passam por processos tanto de fermentação e semi-carbonização para se tornarem o café torrado. Os pesquisadores descobriram que pode ser usado como um aditivo para ajudar a controlar odores em sapatos e roupas. Hugo Boss, Patagonia, Nike e Timberland estão entre os varejistas que produzem a tecnologia de vestimenta, disse o senhor Pauli, observando que a demanda estava superando a oferta.

“As pessoas pagam muito dinheiro para controlar o odor, por isso haverá um valor real em juntar especialistas em café e bioplásticos para um portfólio de produtos”. Disse Pauli. “Precisamos mais de seu café! “.

Estudantes de Turim/Itália estão fazendo paradas regulares em 114 cafeterias no centro da cidade para coletar café para o uso nos laboratórios. O pó de café está sendo testado para uma variedade de aplicações comerciais, incluindo o cultivo de cogumelos comestíveis.

As restrições da UE são rígidas sobre o plástico à base de petróleo tradicional e tem expandido o mercado de bioplásticos na Europa em cerca de 20% por ano, ao mesmo tempo, abastecendo uma economia paralela na agricultura, com os agricultores cultivando e colhendo as plantas usadas para biopolímeros, seja de cana, milho, ou mesmo o cardo que está sendo processado na ilha mediterrânea de Sardinia.

Os plásticos sustentáveis estão sendo transformados em diversos produtos, desde saquinhos de chá, rolhas de vinho, caixas de leite e em sacolas que usamos para nossas compras. Era só uma questão de tempo até as cápsulas de café usarem o bioplástico também.

Fonte: The Telegraph. Traduzido pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.
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quarta-feira, 11 de março de 2015

Serviço "Mobile Order & Pay" da Starbucks será disponibilizado no noroeste dos EUA

A Starbucks anunciou recentemente que irá expandir o Mobile Order & Pay - seu serviço de encomendas móvel, lançado no ano passado - para o noroeste do Pacífico na próxima semana. Os usuários do iPhone poderão aproveitar a facilidade por meio do aplicativo da companhia em cerca de 650 lojas nos estados norte-americanos de Washington, Idaho, Oregon e Alasca, a partir do dia 17 de março.

O serviço Mobile Order & Pay permite que os clientes realizem o pedido e paguem por ele antecipadamente, precisando apenas retirar o pedido no caixa no momento de sua chegada à cafeteria Starbucks credenciada. A empresa lançou o serviço em 150 lojas em Portland (Oregon – EUA), em dezembro do ano passado e planeja expandi-lo para todo o país até o final de 2015.

Esta iniciativa objetiva a acelerar o serviço, aumentar a conveniência de consumo e melhorar a lealdade do cliente, aumentando assim as operações de pagamento móveis e estimulando o tráfego de consumidores nas lojas.

A Starbucks tem uma posição de liderança em recursos móveis. A rápida adoção global de smartphones e tecnologias móveis está gradualmente transformando e evoluindo o cenário do varejo em termos de pagamento, lealdade e experiência do consumidor.

Empresas varejistas estão testemunhando uma mudança no comportamento de compra dos consumidores, que constantemente realizam suas compras online, deixando de fazê-lo em lojas físicas. Desta forma, o presidente da companhia, Howard Schultz, tem a intenção de se concentrar mais na alavancagem dos ativos móveis e digitais, que estimulam a lealdade dos consumidores, e nas plataformas de e-commerce para, criar mais fontes de receita.

O aplicativo para smartphone da Starbucks "é, sem dúvida, um dos programas de pagamento móvel em os EUA mais utilizado. Quase 16% de todas as transações dos EUA são realizadas por pagamento móvel, que cresce 50% ao ano. Após o sucesso deste serviço, a Starbucks passou a receber propostas de parceria de várias empresas deste ramo.

A Starbucks também planeja introduzir o serviço de delivery de bebidas em alguns mercados urbanos, no segundo semestre de 2015.

Fonte: Zacks. Traduzido pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.


terça-feira, 10 de março de 2015

BENEFÍCIOS DO CAFÉ NA SAÚDE: MITO OU REALIDADE?

Estudo reúne vasta bibliografia sobre os benefícios do café para a saúde, recomendamos a leitura!

Autoras: Rita C. Alves, Susana Casal e Beatriz Oliveira 

REQUIMTE/Serviço de Bromatologia, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Rua Aníbal Cunha 164, 4030-099 Porto, Portugal

Resumo: o café é amplamente consumido e apreciado em todo o mundo, tanto pelo seu efeito estimulante quanto por suas características organolépticas. Devido à sua composição química complexa e os fatores que envolvem o preparo da bebida, o consumidor é exposto a uma vasta gama de compostos químicos. Várias investigações objetivaram esclarecer e compreender os efeitos do café na saúde. Não há evidência de que o consumo moderado possa ser prejudicial. Pelo contrário, foram sugeridos alguns benefícios e possíveis efeitos protetores contra diversas patologias. Esta avaliação compila as principais conclusões relacionadas com o tema "Café e Saúde", relatando, quando possível, as substâncias envolvidas.



O criador das K-cups da Keurig compartilha seu maior arrependimento

A Keurig Green Mountain transformou o mercado de café doméstico e de escritório quando introduziu seu café em dose única (K-cups) no fim de 1990.

Antes das K-cups, as pessoas preparavam café em suas casas ou no escritório. Haviam poucas alternativas- cafeteiras menores ou até terríveis xícaras de café solúvel- mas não havia uma maneira fácil de preparar uma xícara após a outra. A Keurig mudou isso.

Atualmente, a ideia de preparar uma garrafa inteira de café está fora de moda. As K-cups se tornaram tão difundidas, que todas as grandes cadeias de café, incluindo Dunkin’ Donuts, Starbucks e Krispy Kreme, vendem monodoses licenciadas. Até o McDonald’s tem uma linha de K-cups, assim como quase todas as grandes marcas de café.

Tem sido um grande negócio para Keurig, que transformou a maneira dos Americanos de beberem café, mas o homem que inventou essa tecnologia está discursando contra seu produto, o que poderá criar problemas para a companhia.

Um inventor desprezado

John Sylvan inventou as K-cups no início da década de 90 e vendeu sua parte da empresa por US$ 50.000 em 1997, confessando ao The Atlantic, ‘’alguns arrependimentos’’ em relação a esta decisão. Visto que a Keurig faturou mais de US$ 3,6 bilhões em vendas em 2014 (a maioria vindo de K-cups, mas também outras bebidas).

‘’ Às vezes me sinto mal por tê-los criado,’’ Sylvan disse à revista. ‘’ É como um cigarro para o café, um mecanismo de entrega de monodoses com uma substância viciante.’’

O desprezo por sua criação vai além de sua aversão pelo novo hábito de beber café, e é aí que a Keurig pode ter problemas. Sylvan está preocupado com a enorme quantidade de resíduos gerados pelas K-cups e não acredita que a companhia irá alcançar sua meta de ter todas as K-cups recicláveis até 2020.

‘’ Não importa o que eles dizem sobre reciclagem, essas coisas nunca serão recicláveis’’ Sylvan disse a revista. ‘’ O plástico é um material especializado, feito por quatro camadas diferentes.’’

Reação ambientalista

Enquanto as vendas das cápsulas cresceram US$ 2,7 bilhões em 2012 para US$ 3,18 bilhões em 2013 e US$ 3,6 bilhões em 2014, uma reação ambientalista vem sendo levantada. A hashtag #KillTheKcup, que significa ‘’ Acabe com as K-cups’’, tem sido divulgada pelo KilltheKcup.org, uma organização ambiental que visa eliminar o que eles enxergam como desperdício desnecessário gerado pelas cápsulas. O grupo cita uma série de números estatísticos que também foram usados nos artigos de Sylvan divulgados no The Atlantic.

- Em 2013, a Keurig Green Mountain produziu cápsulas de café suficientes para envolver a linha do equador 10,5 vezes.

- O novo sistema 2.0 não oferece filtros recicláveis, e o filtro ‘’my K-cup’’ já existente não encaixa na máquina.

- A Keurig Green Mountain só faz 5% de suas cápsulas com plástico reciclável.

- As cápsulas são feitas com plástico nº 7, que não pode ser reciclável na maioria dos lugares. Elas possuem uma tampa de alumínio, que é difícil de ser separada. Mesmo que o plástico, o alumínio e o café pudessem ser separados, a cápsula é muito pequena para ser manuseada pela maioria dos sistemas de reciclagem.

A Keurig não diz especificamente quantas K-cups são feitas por ano, mas reconhece suas preocupações ambientais por meio da divulgação de um relatório anual de sustentabilidade. A companhia se mostra claramente preocupada com seus impactos no mundo (ou, mais cinicamente, como esse impacto é percebido) e tem uma meta para compensar o volume de água utilizada para criar suas bebidas até 2020.

‘’ Para cada xícara que nossos consumidores preparam, nós iremos restaurar a mesma quantidade de água para o uso natural e da comunidade por meio de projetos na América do Norte’’ diz o relatório fiscal de 2014.

A companhia também fez uma clara promessa sobre a reciclagem de suas K-cups:

‘’ A prioridade de sustentabilidade para nós é ainda garantir que 100% de nossas K-cups sejam recicláveis até 2020’’ de acordo com o relatório. ‘’ Nós sabemos que os consumidores querem um uso secundário para suas K-cups utilizadas, e nós estamos comprometidos a cumprir esse desafio’’

O relatório aponta que no ano fiscal de 2014, a Keurig ‘’ gastou quase 6% de seu lucro bruto em programas e investimentos sociais e ambientais’’.

As pessoas amam os cafés

Enquanto reações ambientalistas estão produzindo mudanças, como a eliminação das embalagens de isopor do McDonald’s e o uso limitado de copos de café de isopor, as pessoas ainda comem Big Macs.

Keurig está assumindo um risco, definindo suas metas ambientais para 2020, mas a companhia merece crédito por abordar a questão.

Sylvan pode não ser um fã das máquinas, dizendo ao The Atlantic, ‘’ Eu não tenho uma. Elas são caras para usar’’. Mas é difícil imaginar o movimento anti K-cup ganhando força, quando a empresa se comprometeu a resolver o problema, embora não em um futuro imediato.

A Keurig mudou a maneira das pessoas beberem café em casa e no local de trabalho. Tal mudança é improvável de ser revertida.

Fonte: The Motley Fool. Traduzido pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café.